São Paulo, BRAZIL, December 10, 2020 — In the traditionally male construction industry in Brazil, Danielle Matachana Thomé scarcely imagined that she would one day test the very foundation of those cultural norms. In fact, she became a living model of her father’s exhaustive work ethic and voracious drive to succeed.
Thomé joined her father’s construction business, Projex Engenharia Comércio e Construções Eireli, as a receptionist at the age of 15. As she matured and gained exposure to most sectors of the business, she admired her father because he worked hard–late at night and every day of the year.
When her father retired and she took over as proprietor in 2016, the “trouble” started. She met a wall of resistance as soon as she assumed the lead role. Clients hesitated to continue projects with her at the top. Employees told her she didn’t know what she was doing.
Even her father chimed in and didn’t want her to express her opinions-regardless of the illogic of managing a business without asserting one’s self. While she saw herself as the director of the company, they all saw her as a woman in a man’s role.
Unfortunately, Thomé misunderstood the real cause of so much push-back. She interpreted their defiant comments as evidence of her own stupidity. It didn’t occur to her that she was facing the entrenched chauvinism known as “machismo” within her own company. She took it all quite personally, and was humiliated and deeply wounded.
Nevertheless, Thomé forged on, revealing her mettle in the face of opposition. She replaced employees who couldn’t or wouldn’t accept a changing paradigm. She focused on gradually and persistently proving herself. Soon, clients saw better project results and changed their perception of her. She also started to win over her most important critic–her father. He began to admit he liked her work and admired her as a business leader. Now, he thanks her for leading the business by continuing her biggest dream.
Then, a fortunate turn of events cemented the business’s survival. Danielle received an inquiry from Projex’s biggest client at the time, Monsanto de Brasil. Monsanto asked if Projex qualified as a “diverse” company. She was thunderstruck.
“I never imagined that someone in the world looked at ‘women’ and that one day I would be valued and recognized … for what I have been devalued by and humiliated for throughout my life,” Thomé says.
Although surprised, Thomé quickly acquired the only women-owned business certification in Brazil–from WEConnect International — in 2016 and felt an immediate shift. She describes it as a rescue both for her business and for herself personally.
“When I talk about the benefits of certification, I lack words to describe the greatness and importance of this certification in my personal and professional life,” Thomé says. ”WEConnect connected me to the world, to the world of women who are going through the same problems and who most of the time are not aware why they go through that.”
Moreover, she appreciates the new business resulting from being able to pitch at WEConnect International events. In fact, supplying these new corporations offset a 25 percent revenue loss due to COVID-19.
This year, Thomé still faces the prejudice, but she can handle it. The machismo that undermined her confidence didn’t disappear, but now she shakes it off and makes her own way.
Oddly enough, although her father doesn’t question her anymore, he still says to her appreciatively, “You work like a man.”
Apparently, there’s still more ground to break…
PORTUGUESE
Na indústria da construção, tradicionalmente masculina no Brasil, Danielle Matachana Thomé mal imaginava que um dia testaria os próprios alicerces dessas normas culturais. Na verdade, ela se tornou um modelo vivo da exaustiva ética de trabalho de seu pai e do desejo voraz de ter sucesso.
Danielle ingressou na empresa de construção de seu pai, a Projex Engenharia Comércio e Construções Eireli, como recepcionista aos 15 anos. À medida que amadurecia e ganhava exposição na maioria dos setores do negócio, ela admirava seu pai pelo dinamismo e por trabalhar muito incansavelmente.
Quando seu pai se aposentou e ela assumiu como proprietária em 2016, a “encrenca” começou. Ela encontrou uma parede de resistência assim que assumiu o papel principal, e a maior resistência foi dentro da empresa (com os funcionários – reflexo do comportamento “machista” do pai) e dentro da própria família.
Mesmo seu pai apreciando sua dedicação no trabalho ele não aceitava que ela expressasse suas opiniões, era um conflito difícil de entender. Enquanto ela se via como a diretora da empresa, todos a viam como uma mulher no papel de um homem.
Infelizmente, Danielle não entendia a verdadeira causa de tanta resistência, e interpretava os comentários desafiadores como um reflexo de sua possível incapacidade. Ela não percebeu que ela estava enfrentando o “machismo” dentro de sua própria empresa. Ela levava para o lado pessoal e se sentia humilhada e profundamente ferida.
No entanto, Danielle seguiu em frente, revelando sua coragem diante da oposição. Ela substituiu funcionários que não podiam, ou não queriam, aceitar uma mudança de paradigma e se concentrou em se provar de forma gradual e persistente. Logo, os clientes viram melhores resultados nos projetos e ela também começou a conquistar seu crítico mais importante – seu pai. Ele começou a admitir que a admirava como líder empresarial e atualmente ele a agradece por te-la a frente dos negócios dando continuidade ao seu maior sonho – sua criação “A PROJEX” .
Então, uma feliz reviravolta nos eventos acarretou na sobrevivência do negócio. Danielle recebeu uma consulta do maior cliente da Projex na época, a Monsanto do Brasil. A Monsanto perguntou se a Projex se qualificava como uma empresa “diversa”. Ela ficou impressionada.
“Nunca imaginei que alguém no mundo olhasse para ‘mulheres’ e que um dia eu seria valorizada e reconhecida pelo que fui desvalorizada e humilhada ao longo da minha vida”, diz Danielle.
Embora surpresa, Danielle rapidamente adquiriu a única certificação empresarial de propriedade de mulheres no Brasil – da WEConnect International – em 2016 e sentiu uma mudança imediata. Ela a descreve como um resgate, tanto para seu negócio, quanto para ela pessoalmente. Atualmente a Projex Engenharia tem 51 anos no mercado e Danielle trabalha na empresa há 38 anos.
“Quando falo sobre os benefícios da certificação, faltam palavras para descrever a grandeza e a importância dessa certificação na minha vida pessoal e profissional”, diz Danielle. “A WEConnect me conectou ao mundo, ao mundo das mulheres que estão passando por os mesmos problemas, e que na maioria das vezes não sabem por que passam por isso.”
Além disso, ela aprecia seus novos negócios, que resultaram após apresentar sua empresa em eventos internacionais da WEConnect International. Na verdade, o fornecimento dessas novas corporações ampliou sua carteira de clientes proporcionando crescimento e visibilidade no mercado.
Atualmente, Danielle ainda enfrenta preconceito, mas conta que aprendeu a lidar e segue seu próprio caminho.
Estranhamente, embora seu pai não a questione mais, ele ainda a elogia dizendo: “Você trabalha como um homem.”
Aparentemente, ainda há mais terreno a ser quebrado.